Black Friday além dos descontos: Diminuir o preço nem sempre é uma boa estratégia

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Dia 24 de novembro é dia de muita promoção Brasil a fora e até no mundo. Nesta data, em 2023, será vivenciado a Black Friday. Neste ano, só o e-commerce pretende faturar R$ 7,1 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Outra pesquisa, da MField, apontou que 41,5% dos entrevistados pretendem comprar no período, mesmo estando apertados. Destes, 27% pretendem comprar na semana do evento e 25,1% no dia.

E se tem uma coisa que a Black Friday é conhecida é por ter descontos agressivos. No entanto, de acordo com a designer e estrategista de marcas, Anamar Lima, em um mercado saturado de ofertas, como as marcas podem aproveitar essa época do ano para vender sem precisar entrar nessa guerra de preços.

O desafio é como fazer isso. A estrategista destaca que muitas vezes o consumidor acostumado com grandes descontos, vai sempre ficar se segurando para comprar em momentos como a Black Friday, o que pode influenciar negativamente nas vendas – ou algo assim. “Outro ponto é a margem de lucro, pois se você não tiver controle da sua empresa e quanto custa o produto, de quanto pode ser o desconto, com a empolgação da promoção, podem ser ofertados descontos maiores que o suportado pela empresa e a longo prazo interferir no caixa do empreendimento”, alertou.

Anamar ainda destaca outro problema de dançar conforme a música no período da Black Friday que é a concorrência baseada apenas no preço. “Em momentos como esse, as empresas acabam se enquadrando nessa competição de preços, que é algo que deve ser evitado pelas marcas”.

De acordo com Anamar, há um caminho a ser seguido. “A resposta pode estar em oferecer valor agregado e experiências únicas aos consumidores, em vez de simplesmente cortar preços. Ao focar em valor agregado e experiências únicas, as marcas podem criar uma impressão duradoura e construir relacionamentos mais fortes com seus clientes.”

E esses alertas servem principalmente para quem vende serviços. De acordo com Anamar, diferente de quem vende produto e pode estocar a mercadoria, no ramo de serviços tudo é baseado no tempo e não é possível fazer um estoque disto. “Principalmente para quem trabalha com serviços, dando desconto, o desconto é no tempo, algo que não há como estocar e que pode mexer na produtividade do profissional ou negócio”, completou.

 

Assessoria de imprensa