Anvisa aprova primeira vacina contra vírus sincicial respiratório

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na segunda-feira (4), a primeira vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Esse é um dos patógenos responsáveis pela bronquiolite em bebês de até dois anos e pela pneumonia viral em idosos. O imunizante foi aprovado para o uso na população idosa, a partir dos 60 anos.

Produzida pela empresa GSK, a vacina recebeu o nome comercial de Arexvy e já tinha sido aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), órgão semelhante à Anvisa dos Estados Unidos. Segundo pesquisa realizada pela empresa, o imunizante se mostrou eficaz também para a população entre 50 e 59 anos.

Esse é o primeiro registro de uma vacina contra o VSR no Brasil. A população idosa está entre os públicos com maior risco para uma infecção grave pelo vírus. “Em idosos, o vírus sincicial respiratório pode causar pneumonia viral e insuficiência respiratória. Em casos graves, pode levar à morte”, afirma Gustavo Leal Dittmar, infectologista do Hospital Albert Sabin.

A bronquiolite em crianças, principalmente em bebês prematuros, também pode ser grave, pois pode causar insuficiência das vias respiratórias. No entanto, a mortalidade em idosos infectados pelo VSR é maior, o que explica a prioridade em proteger essa população.

O imunizante usa uma tecnologia de proteína recombinante, ou seja, uma molécula que imita a proteína presente na superfície do vírus. Com isso, ela estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos contra o vírus sincicial respiratório, protegendo contra a doença. “Esse tipo de vacina é muito seguro, tanto para imunossuprimidos quanto para idosos”, comenta o especialista.

Outros meios de prevenção contra o vírus sincicial
Além da vacina, já existe um fármaco que atua na prevenção do vírus sincicial respiratório. É o palivizumabe, um anticorpo monoclonal que atua anulando a atividade do vírus.

Ele é um medicamento em solução injetável indicado para crianças com menos de dois anos de idade com alto risco para a infecção. É o caso de crianças prematuras, portadoras de displasia broncopulmonar sintomática e de cardiopatia congênita.

 

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