Animações de baixo estímulo podem ser alternativa durante o uso de telas

Publicidade

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso excessivo ou inadequado de dispositivos digitais por crianças e adolescentes são os principais causadores de distúrbios psicológicos, físicos e cognitivos. Apesar dos riscos, as telas vêm sendo muito usadas, principalmente, quando pais, educadores e cuidadores estão com poucas alternativas para garantir o entretenimento dos pequenos. Nessa dinâmica, os desenhos animados tem sido uma estratégia para prender a atenção e estimular o aprendizado das crianças de forma divertida.

A psicóloga do Colégio GGE, Ana Beatriz Albuquerque, explica que é fundamental se atentar ao tempo de exposição às tecnologias, mas ressalta que esses recursos, quando usados de forma adequada, podem trazer benefícios ao desenvolvimento dos pequenos. “Devido a facilidade de acesso às telas hoje em dia, é compreensível que estas sejam utilizadas de forma estratégica em algumas situações pontuais da rotina, principalmente, quando não há a disponibilidade de outros recursos. Uma possibilidade para estes momentos é o desenho de baixa estimulação”, pontua.

Segundo a especialista, ao contrário dos desenhos de alta estimulação, que “prendem” as crianças e causam malefícios físicos e psicológicos, as animações de baixo estímulo apresentam menos sobrecarga ao cérebro. Esse formato traz uma suavização de características, como personagens com falas e ações mais lentas e cenas mais longas, que otimizam a compreensão das crianças. “Também é possível observar que as melodias são mais leves e, dessa forma, essas adaptações minimizam o excesso de informações visuais e auditivas, não gerando uma carga tão alta de dopamina no cérebro da criança”, completa.

Mesmo que o recurso traga benefícios, a profissional afirma que os pais e responsáveis precisam se atentar para estabelecer regras e administrar o tempo de exposição. É recomendado dispensar o uso perto dos horários de dormir ou quando estiverem sendo feitas atividades escolares. Voltar a atenção ao conteúdo a ser consumido, priorizando desenhos interativos e educativos,  também é necessário. “As orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) são para que as crianças não tenham qualquer contato com dispositivos digitais até os dois anos de idade. Já para crianças entre dois e cinco anos, a recomendação é de uma hora de exposição por dia”, finaliza. —

Assessoria de Imprensa