A celebração pelo Dia Internacional da Mulher da CDL Caruaru,na noite dessa quinta-feira (13/03), foi marcada por bate-papo. Os temas “Empreender é uma questão de equilíbrio e autoconhecimento” e “Economia Circular” fizeram parte da pauta do evento gratuito, que aconteceu na Casa Tipos. Participaram as empreendedoras Anne Cristina (do ramo de doces e salgados), Brenda Tayrine (da área de Moda) e Morgana Monteiro (arquiteta e curadora de arte, que tem um espaço colaborativo), além da designer de Moda Pauline Monique (professora da Faculdade Senac Caruaru/PE). A conversa foi mediada pela jornalista Rosângela Araújo. A secretária da Mulher, Luana Marabuco, entre outras convidadas, prestigiou o evento.
A gerente comercial e administrativa da CDL Caruaru, Amanda Burégio, destacou a importância da iniciativa. “Este evento é muito especial porque a nossa diretoria tem uma preocupação em dar voz às empresárias de nossa cidade. Somos uma entidade que, além da representatividade, levamos acolhimento, conhecimento e orientações necessárias para todas começarem ou expandirem seus empreendimentos”.
Anne Cristina compartilhou que o empreendimento no ramo de doces e salgados surgiu pelo desejo dela de não se ausentar de casa, a fim de acompanhar a educação e cuidados com os filhos. “Por isso optei por trabalhar em casa e as coisas foram acontecendo. Hoje, sou grata pelo reconhecimento que tenho, pois desistir para mim não era uma opção. Eu precisava seguir e meus pais e irmã sempre estiveram ao meu lado, apoiando, quando eu mais precisei. Para ser empreendedor é preciso pagar o preço: todos os dias vestindo a sua armadura. Não cabe comodismo. Por isso, eu busco ter equilíbrio porque eu sei que inspiro pessoas”.
Brenda Tayrine apontou a mãe e a irmã como mulheres que a inspiraram a empreender. “É preciso ter muita força de vontade, pois o empreendedor, todos os dias, passa por situações limites. É preciso dar o sangue todos os dias. Desta forma é que dá certo”.
Já Morgana Monteiro confidenciou que, por ser arquiteta de formação, não imaginava atuar na área do comércio. “Fui esposa, mãe e arquiteta por 22 anos. Durante esses anos, vi empecilhos quanto ao que eu desejava para os projetos dos meus clientes. No tempo certo, montei meu espaço. Não foi muito programado, mas aconteceu. Hoje, sou arquiteta até uma hora da tarde e, depois, sou empreendedora e curadora de arte. Preciso das duas coisas para tudo funcionar como eu quero. Na Casa Papapiri são 60 marcas diferentes e, dessas, são apenas cinco de homens. A maioria é de mulher. Tudo feito a mão e de forma sustentável”.
Por fim, Pauline Monique destacou que a moda circular está dentro do conceito de sustentabilidade, algo bem mais amplo e complexo. “Por isso precisamos repensar sobre o que produzimos, consumimos e descartamos”.
O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, ou seja, há 50 anos a data é celebrada no dia 8 de março em todo o mundo. Para Amanda Burégio, a ideia foi incentivar mulheres com exemplos locais. “Nosso objetivo foi apresentar histórias de mulheres empreendedoras que alcançaram êxito financeiro, autonomia, impacto social e inovação, evidenciando os obstáculos do empreendedorismo no universo feminino, porém ressaltando que, mesmo diante dos obstáculos, elas conseguiram vencer e continuam a lutar contra os desafios diários”, detalhou.
