NR-1: atualização da norma amplia foco da segurança para saúde mental nas empresas

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A Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que estabelece as bases da gestão em segurança e saúde no trabalho (SST) no Brasil, passou por uma atualização importante em 2025. Agora, além dos riscos físicos, químicos e biológicos, as empresas também deverão considerar os riscos psicossociais, como pressão excessiva, assédio, sobrecarga de tarefas e falta de apoio das lideranças.

A mudança foi oficializada pela Portaria nº 1.419/2024, que já está em fase de adaptação e terá cobrança efetiva a partir de 2026. Entre os principais objetivos da NR-1 estão: prevenir acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, estabelecer diretrizes para o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), orientar a elaboração do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) e promover ambientes mais seguros, saudáveis e produtivos.

Para a psicóloga da Paralaxe, empresa de consultoria de RH, Ruth Almeida, a atualização representa um marco na forma como se entende a segurança do trabalho. “O foco deixou de ser apenas evitar acidentes físicos ou exposição a agentes nocivos. Agora, a norma obriga as empresas a olharem também para aspectos organizacionais e emocionais. Isso significa criar políticas contra assédio, ajustar cargas de trabalho, oferecer canais de escuta e acompanhamento psicológico, além de monitorar indicadores como afastamentos por estresse”, explica a especialista e consultora.

Um dos pontos mais relevantes é a legitimação da saúde mental como responsabilidade compartilhada. “Sintomas de ansiedade, burnout e depressão deixam de ser vistos apenas como fragilidades individuais e passam a ser reconhecidos como questões coletivas, vinculadas ao contexto de trabalho. Isso exige que as organizações repensem rotinas, estilos de liderança e formas de organizar o trabalho”.

Para se adequar, as empresas deverão incluir os riscos psicossociais em seus inventários, aproveitando dados já disponíveis, como índices de absenteísmo e pesquisas de clima. Outro passo essencial é a capacitação de lideranças, preparando gestores para identificar sinais de sofrimento e conduzir conversas difíceis. “A clareza na comunicação interna e a personalização dos planos de ação à realidade de cada empresa fazem toda a diferença. A fase educativa de 2025 é uma oportunidade para ajustes graduais, sem transformar a mudança em peso extra para os colaboradores, mas em um processo de amadurecimento da gestão de pessoas”, conclui.

Paralaxe Consultoria: é formada por profissionais especializados em consultoria e desenvolvimento profissional, oferecendo soluções estratégicas em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos. Atuando de forma prática e estratégica, a empresa reúne diferentes especialidades para desenvolver equipes, otimizar processos e impulsionar lideranças, com o propósito de transformar o potencial humano em resultados concretos para as empresas, unindo visão técnica à aplicação real nas organizações.